“Quando ainda éramos pecadores,
eles nos amou...”, diz-nos o apóstolo Paulo. Quando ainda éramos pecadores... mandou-nos
o seu filho Jesus. O seu amor precede a nossa volta. É a condição para este
retorno. É isso que explica a marcha confiante do filho pródigo voltando pra
casa, movido pelo arrependimento, mas conduzido pela confiança. Na parábola da
ovelha, a ovelhinha não volta sozinha. Ela encontra-se sufocada no meio do mato,
perdida. O pastor é quem vai procurá-la. É o amor do pastor que vai salvá-la.
Quando nos reunimos para uma
celebração, proclamamos: “Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo”.
É o amor de Cristo que explica a reunião dos discípulos, a assembléia em prece.
Deus está nos reunindo no amor de Cristo. Em Cristo, Deus nos acolhe e abraça.
É graças ao seu amor que formamos a assembléia dos irmãos, a igreja reunida.
“Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo”. É como cantamos: o teu
amor nos trouxe aqui.
O mesmo apóstolo escreveu na
segunda Carta aos Coríntios: “O amor de Cristo me impele para a missão”. O amor
de Cristo que nos precede, nos envolve, nos atrai ao Pai é o mesmo amor que nos
envia em missão. Missionário ou missionária é quem se deixou cativar pelo amor
de Deus. O amor de Deus que me trouxe aqui me envia lá. “Eis-me, ó Senhor ,para
a missão”. Ainda aqui o amor de Deus, em Cristo, vem primeiro. A atividade
missionária depois. É o amor que preside a missão. É o amor que nos impele à
missão.
Constatar que o amor de Deus
precede nossa boa vontade em acertar, em mudar de vida nos ajuda a compreender
que a conversão é finalmente entregar-se a este amor, deixar-se cativar,
permitir que ele vença. Rezou o profeta Jeremias, rezemos também nós: “Seduziste-me
Senhor e eu me deixei seduzir”. O amor de Deus é primeiro. O primeiro passo é
dele.
“Meu bom Deus, o teu amor me
trouxe aqui. Meu bom deus, não sou ninguém longe de ti”. Vamos cantar.